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O Problema Social da Favela
O termo "aglomerado subnormal", antes conhecido como Zonas Especiais de Interesse Social, passou a ser utilizado pelo IBGE desde 2010, para designar um conjunto constituído por no mínimo 51 unidades habitacionais (barracos, casas, etc.), ocupando ou tendo ocupado até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular), dispostas, em geral, de forma desordenada e densa; carentes, em sua maioria, de serviços públicos e essenciais.

Embora não haja ainda, em 2016, dados oficiais que indiquem que o número de favelas tenha aumentado ou diminuído nos últimos anos, urbanistas e sociólogos concordam em dizer que o número deve ter aumentado, baseados em reportagens pontuais de surgimento de ocupação irregular em várias áreas desde o último censo em 2010.

A questão das favelas assume hoje uma dimensão histórica sem precedentes na história do Brasil. Dados do Censo de 2010 mostram que o número de brasileiros vivendo nessas condições passou de 6,5 milhões no ano 2000 para 11,4 milhões em 2010, distribuídos em 6.329 aglomerados subnormais situados em 323 municípios; 88% desses domicílios estão concentrados em 20 grandes cidades.

A crise econômica, o preço dos aluguéis, a falta de oferta de moradias para a população de baixa renda são os principais motivos para o crescimento sistemático das favelas.[1] 

O IBGE destaca na publicação que os investimentos em habitação e saneamento “não foram suficientes para atender à forte e crescente demanda” de pessoas que sucessivamente se deslocaram para cidades em busca de oferta de trabalho.[2]

O Brasil é um dos países economicamente mais desiguais do mundo, com 10% da sua população ganhando 50% da renda nacional e com cerca de 8,5% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo dados do governo.[3]
Nosso Modelo de Sustentabilidade Social
A construção de um condomínio residencial de interesse social cujas unidades habitacionais serão ocupadas por famílias carentes, as quais receberão suporte contínuo em um programa de 5 anos de duração.
Mais que Somente uma Casa
O diferencial de nossa proposta em relação a outros programas voltados somente para uma solução habitacional, é exatamente o acompanhamento e suporte às famílias, fazendo um estudo, em parceria com cada família, de iniciativas e soluções a serem implementadas para o seu próprio desenvolvimento social. Esse suporte especializado e indiviualizado promoverá as habilidades e talentos que resultarão no desenvolvimento da socioeconômico da família.
Através dessa proposta queremos evitar duas realidades as quais têm se repetido com frequência:

1 - O retorno da família para a favela - Entendemos que somente a provisão de uma moradia com serviços públicos essenciais não é suficiente para a permanência da família fora da favela.

2 - A transformação de conjunto habitacional de interesse social em uma nova favela.
O Condomínio
O Residencial Mãos Abertas será composto de um centro social, área comunitária de lazer e oito unidades habitacionais de 75m². Cada unidade terá três quartos, banheiro, sala, copa, cozinha e área de serviço.
A tecnologia usada na construção será a de tijolos ecológicos. Além disso o projeto incluirá aproveitamento da água da chuva para limpeza de calçadas e para regar jardim. O projeto também contempla a captação de energia solar para aquecimento de água do chuveiro.
A Seleção de Famílias
A seleção das famílias que serão beneficiadas com o programa social e habitacional dar-se-á através de diferentes canais de acesso que a Associação Mãos Abertas usará para chegar às famílias, entre estes: Defesa civil, CRASS, Creas, ou referências dadas por outras organizações do terceiro setor
Após várias visitas durante as quais a equipe da Associação Mãos Abertas procurará fazer o diagnóstico social da família, unindo ao diagnóstico também produzido por assistentes sociais da prefeitura ou de outras ONGs, serão escolhidas as famílias observando critérios norteadores para essa decisão, entre eles: estado civil, quantidade de filhos, precariedade/risco da habitação, antecedentes criminais, reputação perante vizinhança, condição de saúde,  e outros.